A logística de transporte das estruturas metálicas: da fabricação ao canteiro de obras.
- Procomet Engenharia
- 13 de jan. de 2016
- 3 min de leitura

Uma obra com estruturas metálicas é o resultado de um sistema
industrializado que se inicia no projeto arquitetônico, na construção civil ou no projeto
básico na indústria, continua no projeto estrutural definitivo, passa pelo detalhamento
do projeto (desenho de oficina), fabricação, limpeza e pintura, seguido pelo transporte e
montagem. O sistema industrializado requer um procedimento logístico que consiste em
planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e
armazenagem de matérias-primas e estoque durante a fabricação de produtos acabados
desde o ponto de origem até o local de consumo.
O transporte é o deslocamento de bens de um ponto a outro da rede logística,
respeitando as restrições de integridade da carga e de confiabilidade de prazos. Não
agrega valor aos produtos, mas é fundamental para que os mesmos cheguem ao seu
ponto de aplicação, de forma a garantir o melhor desempenho dos investimentos dos
diversos agentes econômicos envolvidos no processo. É preciso, já na fase inicial de
projeto e detalhamento, indicar o tamanho das peças, procurando dentro do possível
evitar o transporte especial. Esta fase inclui também a conferência dos materiais
embarcados e o fornecimento dos meios de transporte até o local de montagem, com
providências fiscais, licenças e seguros.
DIMENSIONAMENTO DOS VEÍCULOS DE TRANSPORTE
Para que possam ser transportadas deverão possuir dimensões e pesos compatíveis com
a capacidade do veículo de transporte. No Brasil existe a predominância do transporte
rodoviário. O veículo de transporte rodoviário para ser considerado normal deverá ter
uma largura máxima de 2,60 m; altura máxima com relação ao solo de 4,40 m e, para
veículos articulados, o comprimento total máximo de 18,15 m. Disto resulta que as
peças transportadas sobre estes veículos não deverão exceder à largura de 2,30 m, à
altura de 3,0 m sobre a plataforma e ao comprimento de 12,0m.
TIPOS DE TRANSPORTES
No Brasil a modalidade predominante, sem dúvida, ainda é a terrestre, por meio do
modal rodoviário. Por se tratar de um deslocamento ponto a ponto, representa também
rapidez e praticidade. Outros meios de transporte como o fluvial, por exemplo, são
utilizados somente quando o local da obra é inacessível. E, mesmo assim,
complementado pelo meio terrestre a fim de se concluir o trajeto.
VEÍCULOS MAIS COMUNS AO TRANSPORTE DE ESTRUTURAS
Carreta formada por um cavalo mecânico e um semirreboque com dois eixos cada;
- Carreta formada por um cavalo mecânico simples (dois eixos) e um semirreboque com
- Carreta formada por um cavalo mecânico trucado e um semirreboque também com
- Caminhão bitrem: combinação de veículos de carga, composto por um total de sete
eixos. Os semirreboques dessa - combinação podem ser tracionados por um cavalo-
- Rodotrem: combinação de veículos de carga (dois semirreboques) com nove eixos,
cujo peso bruto total é de 74 toneladas. - Os dois semirreboques são interligados por um
veículo intermediário denominado Dolly. Essa combinação, por sua vez, só é permitida
com um cavalo-mecânico trucado e, para tanto, exige Autorização Especial de Trânsito.
O EMBARQUE DAS PEÇAS NA FÁBRICA E O DESEMBARQUE NO CANTEIRO
O ritmo de fabricação é fundamental e deve estar de acordo com o cronograma de
montagem na obra. As primeiras peças a serem utilizadas, por exemplo, devem ser
embarcadas e transportadas com maior prioridade e, por tanto, fabricadas
antecipadamente. Por outro lado, há de se considerar possíveis gargalos, como os
limites operacionais da fábrica e a pequena disponibilidade de área de estocagem. Não
se pode fazer um cronograma de montagem dissociado da capacidade do parque fabril,
como também embarcar mais peças do que se consegue descarregar no canteiro de
obras. Assim, o planejamento de transporte precisa ser discutido entre os envolvidos no
projeto, não esquecendo que, muitas vezes, as fundações são feitas por terceiros que
também devem estar cientes das prioridades e prazos.
A montagem bem planejada é aquela realizada de forma ininterrupta. Para isso, é
imprescindível agilizar a utilização de todos os recursos, seja de um equipamento para
içamento da estrutura- muitas vezes alugado por hora - seja das despesas com
hospedagem de pessoal ou com a mão de obra direta, por exemplo.
http://www.metalica.com.br/
Comentários